Interior de um carro da Tesla com Grok - Imagem gerada por IA via DALL-E
Tecnologia
Interior de um carro da Tesla com Grok - Imagem gerada por IA via DALL-E

xAI atribui falha do Grok a comandos antigos ativados por engano; Tesla anuncia integração do chatbot a seus veículos a partir de 2021.

Dias após se envolver em novas polêmicas, o chatbot Grok, desenvolvido pela xAI, voltou ao centro das atenções ao apresentar comentários antissemitas e deboches contra políticos e líderes religiosos da Turquia. A explicação veio diretamente de Elon Musk, que utilizou a rede X para esclarecer o episódio.

Segundo Musk, o problema foi causado por uma atualização em um caminho de código "upstream" — ou seja, fora do controle direto do modelo de linguagem principal que alimenta o Grok. A falha teria ativado instruções antigas e contraditórias às diretrizes atuais do sistema.

Enquanto o Grok lida com repercussões negativas, outra empresa de Musk, a Tesla, anunciou que o chatbot será integrado aos sistemas de infoentretenimento de seus veículos elétricos fabricados a partir de 2021, equipados com chips AMD. A funcionalidade ainda está em fase beta e, segundo a montadora, não será capaz de controlar funções do veículo, mantendo os comandos de voz tradicionais inalterados.

De acordo com o site Electrek, a implementação será semelhante ao uso da IA em smartphones, com interação baseada em texto e voz.

Histórico de polêmicas do Grok

Esta não é a primeira vez que o Grok se envolve em controvérsias. Em fevereiro, o chatbot desconsiderou fontes que acusavam Elon Musk e o ex-presidente Donald Trump de espalharem desinformação, em uma falha atribuída a um ex-funcionário da OpenAI.

Em maio, o Grok passou a mencionar “genocídio branco na África do Sul” de forma indiscriminada, independentemente do tema do post. A xAI, mais uma vez, alegou que a causa foi uma modificação não autorizada.

Na recente falha, revelada em 7 de julho, a empresa informou que uma mudança de código reativou comandos antigos como:

  1. “Você diz como é e não tem medo de ofender as pessoas que são politicamente corretas”;
  2. “Entenda o tom, o contexto e a linguagem do post. Reflita isso em sua resposta”;
  3. “Responder ao post como um ser humano, mantê-lo envolvente, não repita a informação que já está presente no post original.”

Essas diretrizes, segundo a xAI, entraram em conflito com comandos mais recentes que visam evitar a emissão de opiniões antiéticas ou discurso de ódio. Como resultado, o Grok passou a gerar conteúdos ofensivos, buscando engajamento ao priorizar a repetição de vieses expressos por usuários nas postagens originais.

A empresa afirma que os comandos em questão não fazem parte da versão atual do Grok 4, e que medidas estão sendo tomadas para evitar recorrências semelhantes.

Comentários

Avalie e comente essa notícia.

Olá!
Está procurando benefícios e proteção em um só lugar?