Reprodução/Internet - Foto: Shutterstock / Alto Astral
Saúde e Bem-Estar
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Especialista alerta sobre os alimentos e bebidas que podem agravar a enxaqueca e destaca a importância de uma dieta equilibrada.

Dor de cabeça ou enxaqueca? Alimentação pode ser a chave para evitar crises

A enxaqueca é uma condição neurológica que atinge milhões de pessoas, caracterizada por dores intensas, geralmente em um dos lados da cabeça, e acompanhada por sintomas como tontura, vertigem e sensibilidade à luz e sons. As crises podem durar até 72 horas e são provocadas por desequilíbrios químicos no sistema nervoso central.

Segundo a nutricionista Nadya Caroline Mambelli Magri, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, a alimentação tem papel importante no desencadeamento ou controle das crises. “As causas da enxaqueca são múltiplas e ainda não totalmente compreendidas. No entanto, fatores como estresse, jejum prolongado, uso excessivo de medicamentos, tabagismo e certos alimentos e bebidas podem servir de gatilho”, explica a especialista.

Tipos e fases da enxaqueca

A enxaqueca é dividida em até quatro fases: pródromo (ou premonitória), aura, crise e pósdromo. A presença de todas não é obrigatória e, em muitos casos, a enxaqueca ocorre sem aura.

Na forma sem aura, a dor é geralmente unilateral, de intensidade moderada a forte, agravada por atividades físicas, e acompanhada de náuseas e desconforto com luz, sons e odores.

Já a enxaqueca com aura inclui sintomas neurológicos temporários, como distúrbios visuais e sensoriais, que antecedem ou acompanham a dor. Após a crise, na fase pósdromo, a pessoa pode continuar se sentindo cansada e com dificuldade de concentração, mesmo sem dor.

O papel da alimentação nas crises

Manter uma alimentação equilibrada, com ingestão de água e redução de produtos industrializados, é fundamental para quem sofre com enxaqueca. No entanto, é necessário compreender que cada organismo reage de forma diferente aos alimentos.

Entre os principais vilões alimentares para quem sofre com a doença estão:

  1. Café: pode piorar a dor durante crises, especialmente em pessoas sensíveis. A interrupção repentina do consumo também pode desencadear episódios.
  2. Bebidas alcoólicas, queijos maturados, carne de porco, chocolate, derivados do leite e frutas cítricas estão entre os alimentos que mais comumente provocam crises.
  3. Aditivos alimentares, como aspartame, glutamato monossódico, nitrato de sódio e corantes artificiais, são especialmente perigosos e exigem atenção ao rótulo dos produtos.
  4. Enlatados, alimentos em conserva e ultraprocessados com alto teor de conservantes também devem ser evitados.

Nadya reforça que não se deve cortar alimentos por conta própria. “É importante uma avaliação nutricional para identificar os gatilhos de cada indivíduo. A retirada indiscriminada de alimentos pode gerar deficiências nutricionais”, alerta.

A especialista conclui que manter hábitos saudáveis de forma contínua, e não apenas em momentos de crise, é essencial para prevenir a enxaqueca e melhorar a qualidade de vida.

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